ANJO VORAZ benfazeja
Desfilam pelo tempo as armas que o senhor me deu Pai, mas elas falham sempre E eu não consigo alimentar a minha fúria, Sem ruminar a injustiça do seu toque Agressor. Eu quero entender o teu chamado, P...
SENHORAS OBSCENAS - ANTOLOGIA POETICA benfazeja
Senhoras Obscenas é um projeto literário livre e independente que visa ocupar as mídias sociais - por enquanto Facebook e Youtube - com literatura (poesia e prosa) de autoria feminina. Ao considerar q...
AZULES - 2ª ED. benfazeja
A segunda edição de Azules, de Cristiane Grando, é um convite ao mergulho nas profundezas da palavra, da memória e das cores. Os poemasfotografias encontram eco no cotidiano, quase um confronto entre ...
BARRACO DE PEDRA E OUTRAS PECAS benfazeja
Cresci ouvindo que as palavras têm peso. Mas hoje tenho certeza que elas têm mesmo essa força, e em todos os cantos só ouço o mais profundo silêncio. Não senti nada naquele momento. Tudo que batia, sa...
BRANCO benfazeja
Ana Paula Bez é um submarino. Uma mergulhadora de longa profundidade que fotografa segredos do fundo do oceano. Sua prosa sacode o tapete sujo da casa e abre as janelas para o riso. Um riso sujo, cafa...
CAFE AZEDO benfazeja
Café Azedo nasceu de conversas regadas a baldes de café, tapioca e pão de queijo, intercâmbio de ideias, de vivências, de referências literárias e dramatúrgicas, muitas risadas, algumas lágrimas, e às...
O CAOS E A LIRA benfazeja
WARUM How do you say Respeito em língua de gente? No sintagma humano [está posto] nem som nem forma objeto solto no dicionário.
CONFISSOES DA INQUIETUDE benfazeja
Retratando a vida realConfissões da Inquietude traz um pouco do que sentimos a tona. Amoraceitação e solidão são alguns dos sentimentos que te convido a experimentar comigo nos textos.
CONTO ESCRAVIDAO benfazeja
Este livro foi escrito a partir de depoimentos de trabalhadores(as) resgatados(as) do trabalho escravo. Todos os contos são fatos reais. Abusos sexuais, extrema exploração, assassinatos e todos os tip...
CONTURBADO - UMA BREVE HISTORIA SOBRE O MAL INOMINAVEL benfazeja
Existe um mal inominável no mundo, e este mal existe também em cada um de nós. Ao contrário da bondade e do amor, o mal ganha força e se estabelece, pois nós assim o permitimos, pois ninguém o contest...
CORPO TRANSPARENTE - 2ª ED. benfazeja
À BEIRA-MAR. Eis o que verás no mar. Navios como cabeças de afogados com o cigarro ainda na boca. Sonhando, fumando, flutuam na direção de Istambul. À beira-mar, as pessoas como suicidas salvos da mor...
CRIME DE ESTADO benfazeja
A história de Crime de Estado se passa no país fictício de Vera Cruz. Tem início no dia da diplomação do presidente reeleito, Jorge da Silva, quando seu desafeto político e Corregedor Nacional de Jus...
DA MENINA QUE MATOU SEUS BICHOS benfazeja
(…) somos plasmas, cataplasmas soltos no ar sementes jogadas em vasos sanitários vivemos parcelados a minha primeira parcela já tá paga o que faço com as restantes? o saldo acabou, estou suando, carpi...
O DENTES ALVOS DE RADAMES benfazeja
Faz algum tempo que concluí o meu delito. Não se trata, contudo, de mais um crime, realizado às pressas, como tantos outros. A minha obra é, com efeito, um consumado objeto de arte. Eu a executei com ...
DESDICIONARIO benfazeja
inv.en.tá.ri.o s.m.pequeno compêndiodas coisas inventadas.sim adv.potência, iníciopartícula criadorauniversal.
FAZER SUMIR AS PALAVRAS benfazeja
E o silêncio era Deus toda a dor do mundo rompe meu corpo que ainda luta pela vida contra a vida e no frêmito de dor ouço: toda vida é uma só e o fio de vida se rompe esperando que o nada dissolva tud...
FIBROMIALGIA benfazeja
Bílis meu fígado escorregou pela boca pulsa no piso de taco no meio da sala chora em silêncio pedindo pra voltar pego-o do chão quase escapa das mãos de tão oleoso que é engulo com nojo sem lágrimas m...
FIO DE TENSAO benfazeja
Licença poética Os homens, comem. E a vírgula, intrometida, dói sem vergonha na sua retina. Comessem todos os homens, mulheres, meninos e meninas, outra seria a estética, isenta de licença poética. E ...
FLANANDO PELO MUNDO benfazeja
Liberdade! É o que me vem à cabeça imediatamente quando penso nos contos da Cristiane. Seus contos, quase sempre autobiográficos (ou não?) apresentam narrativas em que a liberdade é o vetor. Seja bate...
FRAGMENTOS DA INSONIA benfazeja
Oração noturna Quem escuta minha prece? A noite dorme, a sombra é cega, a lágrima é inútil. Os versos soltos se escondem nos umbrais; cortam como lâmina, mas nada dizem na solidão das ruas. Cegos tate...
GRAVURAS JAPONESAS - JAPANESE PRINTS - 2ª ED. benfazeja
Nos poemas a seguir tomei como temas certos desenhos da chamada escola Ukiyo-ê (ou Mundo Flutuante). Feitas para consumo puramente popular, essas gravuras eram obras de artistas que, independentemente...
HISTORIA DE ESQUECIMENTO benfazeja
Gritei, e pulei da cama como se não fosse aquele velho sem forças, e o desgosto já não tivesse me matando, e pudesse aguentar aquele cheiro de ausência em minhas entranhas, e sair a saltitar, menino s...
O HOMEM DE GRAVATA E OUTRAS HISTORIAS benfazeja
Como é feliz, o homem de gravata: a internet rápida exibe num segundo seus e-mails. A leitura rápida salta através das palavras e encontra num segundo os sentidos mais importantes. Somente aqueles que...
KIWI benfazeja
Às vésperas dos Jogos Olímpicos, uma cidade faz sua limpeza social. Uma garota é abandonada por sua família e acaba acolhida por um grupo de jovens que lutam pela sobrevivência nas ruas. Ela é batizad...
LAVRAS AO VENTO, PA benfazeja
Iansã. guerreira, charmosa e doce filha da guerra e do fogo produz vento, tempestade. o incauto, coitado, se envolve na suavidade de seu olhar esverdeado, de seu sorriso estonteante, sem saber, está e...
O MINIMO - 2ª ED. benfazeja
hoje cedo acordei de repente e entendi o mistério do mundo, mas voltei a dormir e isto já passou Pedro Tostes é autor dos livro o mínimo (Ibis Libris, 2003; 2a Ed Benjazeja, 2018), Descaminhar (Annabl...
MIRANTE FARPADO benfazeja
Houve o tempo em que nas terras alagadas entre mar e lagoa não crescia nada além de mato e esperança, mas bastou chegar o primeiro homem que fincou no solo sua estaca de posse e soberba para do chão s...
MOEDAS SOLTAS NO BOLSO benfazeja
Seguindo através de uma estrada de chão em descida, chega-se ao mato da sanga, onde pescávamos à noite e encontrávamos pedaços de cerâmica indígena durante o dia. Lá meu tio, em um surto de eremita, ...
O MONSTRO E SEUS VAZIOS benfazeja
Cansado, apenas me digo cansado de andar à beira do entendimento de bater à parede e esperar que se abram cansado de sorrisos leves desfibriladores que reanimam por pouco tempo de pouco tempo pra vida...
AS MUSAS ESTAO ESMAGADAS NO ASFALTO benfazeja
O trauma de sempre olhar para frente, ao mesmo tempo em que se cai no poço podre do incerto me faz ver o que quero faz tempo, de uma época que vivo, mas que não é minha. Este querer olhar pela janela ...
NEM TUDO TEM NOME benfazeja
a arte é brutal, violenta, não é coisa de menina tocadora de piano, marmóre a lorota, indiscriminação, formigamento, plié. Arabes que blind talk - mídia de massa - embrião. Grand Battement. As Musas n...
NENHUM ALBUM benfazeja
(Não me carregue no colo. Prefiro estar entre suas mãos, na sala de ensaio, em seu travesseiro, sobre tuas pernas, pelas ruas, em sinagogas, encruzilhadas, num museu, em praças públicas, dentro de um ...
NOS SOMOS AS PALAVRAS benfazeja
ORIGEM Quando a palavra veste os sentidos, despe os pruridos, investe contra o infinito e acende todos os lumes, presente às inseminações, aos nasceres, ao primeiro alvor da voz, ergue-se noturna...
OLA, PEQUENO MONSTRO DO DIA benfazeja
olá, pequeno monstro do dia que não se esconde em vielas e não tem vergonha de se expor que não se refugia na escuridão [ não precisa mais se esconder nas sombras ] até se orgulha de mostrar a língua ...
ONDE OS POMBOS DORMEM benfazeja
Livro de contos em escrita fluída de frases contundentes. A autora faz um passeio descompromissado aos domínios de Freud, Nietzsche, Schopenhauer, Lacan, Camões e outros. Os textos trazem o fluxo de p...
OPUS PROFUNDUM - PECAS REUNIDAS benfazeja
O teatro de Dionisio Neto é conhecido por propor uma coabitação de linguagens distintas, explorando as fronteiras que transcendem o caminho entre a tragédia, o drama e a comédia. Trata-se de um artist...
ORQUIDEA TREPADEIRA E OUTRAS FLORES ORDINARIAS benfazeja
Espécie vermelhinha, me disseram de pequena essa vai dar trabalho! ai virei isso que se vê uma arvore arriada pelo muro trepadeira daninha, quase venenosa quase sem poda.
OUTRA ME FAZ ROER OS DEDOS, A benfazeja
A luz vem torta antes da hora da morte, suada na beirada do mar, salgadase ainda vivo é porque uma cor azulece ao meu redor vem tonta pelas mãos dos meus caminhos depois dos tropeços mesmo distraída, ...
PORMENORES INTIMOS benfazeja
Escrevo agora pois acabei de acordar e ainda não parei de me sentir. O que me aconteceu ontem foi aconchego. Foi a garantia pessoal que, sobretudo, ainda há vida. Vida porosa, mas que festeja a própri...
O TERCEIRO QUARTO benfazeja
No tempo em que sou órfã e envelhecida, estrangeira de mim, peregrina. Sou vazia e inversa. Não sou essa carne morna que transita, carne viva, cicatriza. Endurece ou se liquidifica? A cada momento id...
TIMPANOS ESTOURADOS benfazeja
Estou aqui descansando de algo que não fiz. Talvez ainda esteja por fazer. Talvez não e nem venha fazê-lo. Mas brinco com as escotilhas do pensamento. E ando sob o sol de dezembro.
TRANCO CABELO, CAI UM RAIO benfazeja
Tranco cabelo, cai um raio, saí a cruzar os campos um coiote me comeu agora escreve sacudindo a poeira do deserto enquanto o vapor do banho o inunda todo deixo de escutar minha forma para ser ...
VASTO TROVARR benfazeja
Seu paletó caiu pelo ombro, dorso no encosto, quatro mãos ao carpet mofado catando poeira em uma franquia Pathé & inc. Plena noite de verão e jaboticabas fervem na lembrança de um lugar esquecido. É p...
VAZIO SEM SOMBRA benfazeja
Que é um poeta? Um homem, um nome, um onde? Primeiro é preciso dizer que os poemas falam por si mesmos, e isso já é o bastante. Ademais, seria possível algo além, poesia? Só os poemas são reais, ele...
ZONA DE DESCONFORTO benfazeja
Aqueles pais, que em casa cultivavam a virulência, na presença daqueles que julgavam ricos ou poderosos, eram curiosamente subservientes, passivos, complacentes, capachos mesmo. Eu observava, admirada...