Concentração de riqueza e distinção social, mandar e ser servido: no Brasil dos séculos XVII e XVIII, as desigualdades sociais e políticas, tema central deste livro, eram explicadas pelo pensamento cristão medieval e entendidas por todos como fatos imutáveis do destino – afinal, a sociedade com sua ordem desigual foi criação de Deus-Pai. Naquele tempo, as diferenças sociais eram vistas com resignação e desejadas. A autoridade de uns sobre outros, a miséria e também a opressão dos homens sobre mulheres eram tomadas como fatalidades. Acreditava-se que a sociedade perfeita era uma cópia da família submetida à autoridade do pai, pois os filhos deviam ao pai a dádiva da vida, algo impagável, daí sua compreensível gratidão e obediência amorosa. Essa obediência se estendia aos senhores de terras e demais mandatários porque eles, como os pais, garantiam o bem comum. Naquela sociedade, os filhos dependiam dos pais, os escravos dependiam de seus senhores e os lavradores dependiam dos donos das terras. O historiador João Fragoso se debruça criteriosamente sobre uma série de documentos históricos e faz uma análise aprofundada de um Brasil cuja organização social teve como ponto de partida a ideia de sociedade perfeita, entendida pelos cristãos como desigual. Obra essencial e inovadora para entender o nosso país de ontem e de hoje.
Peso: | 0.5 kg |
Número de páginas: | 352 |
Ano de edição: | 2024 |
ISBN 10: | 6555413948 |
ISBN 13: | 9786555413946 |
Altura: | 23 |
Largura: | 16 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Ciências Humanas |
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