Durante o Estado Novo, Patrícia Galvão, mais conhecida como Pagú — com acento, tal como assinava —, foi condenada por atividade comunista e detida em diversas prisões de São Paulo e do Rio de Janeiro entre 1936 e 1940, ocasião em que escreveu este texto. Até onde chega a sonda, de 1939, permaneceu inacabado e inédito até o presente momento, sendo uma de duas versões existentes. Trata-se, antes de tudo, de um escrito prisional que pode agora integrar um rol de livros do gênero, como os de Lima Barreto, Maura Lopes Cançado, Graciliano Ramos, Dyonélio Machado, entre outros. Diferente de todos os seus textos anteriores conhecidos, aqui se vê a face interior de Patrícia Galvão. O contexto de angústia e de tortura física e psicológica é refletido no livro a partir de um forte teor existencialista, de repúdio à racionalidade e de busca constante por salvação. As referências a As flores do mal, de Charles Baudelaire, à Bíblia e aos escritos de Pascal dão pistas para a leitura, que se transforma em verdadeira sondagem. O manuscrito combina monólogos de alguém no limiar da loucura com passagens de um diálogo amoroso entre dois personagens: Mulher e Homem Subterrâneo, este, clara alusão à Memórias do subsolo, de Fiódor Dostoiévski. A linguagem cifrada e a opção pela correspondência amorosa talvez tenha sido o modo encontrado para driblar a censura e revelam o quanto Patrícia estava conectada com seu tempo, desenvolvendo ideias filosóficas e imagens literárias que reverberariam em trab
Peso: | 0.11 kg |
Número de páginas: | 144 |
Ano de edição: | 2023 |
ISBN 10: | 6584568865 |
ISBN 13: | 9786584568860 |
Altura: | 20 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Literatura Histórica |
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