Durante a década e meia que passou no Rio de Janeiro, entre 1816 e 1831, Jean-Baptiste Debret viveu uma existência dupla. Pintor da Corte, serviu dom João VI e dom Pedro I; ao mesmo tempo, preenchia caderno após caderno com desenhos e aquarelas, registrando o que via nas ruas da cidade tropical e escravocrata. De volta à França, valeu-se dos frutos desse ateliê das ruas para ilustrar copiosamente sua Viagem pitoresca e histórica ao Brasil, publicada entre 1834 e 1839. No coração das imagens e dos textos que as acompanham, palpita uma pergunta premente para seu autor, filho da Revolução Francesa: como criar uma nação moderna a partir de uma história tão violenta, marcada pela perseguição aos indígenas e pela escravidão africana? Estamos longe, como se vê, da imagem costumeira do pintor neoclássico em exótico exílio ultramarino. Neste ensaio original que é Rever Debret: Colônia - Ateliê - Nação, Jacques Leenhardt convida-nos a revisitar a obra de Debret, bem como sua longa e atribulada fortuna entre nós, até o presente mais próximo. Pois, rechaçado pela Biblioteca Imperial brasileira no século XIX, redescoberto e traduzido no XX, o livro de Debret converteu-se, no início do XXI, em ponto de partida para um intenso trabalho de crítica, paródia e carnavalização na arte brasileira, sobretudo às mãos de artistas ameríndios e afro-brasileiros. É para essa reviravolta que se dirige a atenção de Leenhardt na parte final de Rever Debret - para esse momento em que vão se invertendo si
Peso: | 0.239 kg |
Número de páginas: | 136 |
Ano de edição: | 2023 |
ISBN 10: | 6555251611 |
ISBN 13: | 9786555251616 |
Altura: | 22 |
Largura: | 15 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Design Gráfico |
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