“Uma sondagem da alma, uma subjetividade expandida e maluca, como se a mente volúvel e delirante não pudesse sair de um redemoinho.” Assim se refere o escritor Milton Hatoum a "Memórias póstumas de Brás Cubas" no posfácio escrito especialmente para a edição da obra-prima de Machado de Assis (1839-1908) preparada pela CARAMBAIA. Com essas palavras, Hatoum traduz o impacto desconcertante que o romance mantém desde que foi publicado, em 1881. A literatura brasileira nunca produzira nada semelhante, e com "Memórias póstumas" o autor passou de escritor acima da média a gênio – e maior nome da literatura brasileira – reconhecido em seu próprio tempo. Em seu posfácio, Milton Hatoum revisita a inesgotável riqueza dessa obra que Machado publicou – de início em forma de folhetim na imprensa – com pouco mais de 40 anos de idade e que, vista em retrospecto, irradia influência por toda a história da literatura brasileira. Como é praticamente consensual entre os historiadores e críticos, em "Memórias póstumas de Brás Cubas" se encontra a pedra inaugural do romance realista no Brasil. Para alguns especialistas, seria também a primeira narrativa fantástica da literatura nacional. E não há como negar, além disso, os vestígios de romantismo da obra anterior de Machado e principalmente as antecipações do modernismo em sua estrutura fragmentária, ao mesmo tempo calculada e heterogênea, onde cabe até um capítulo feito apenas de nomes e sinais de pontuação. A ruptura da linearidade temporal é ope
Peso: | 0.374 kg |
Número de páginas: | 336 |
Ano de edição: | 2019 |
ISBN 10: | 856900270x |
ISBN 13: | 9788569002703 |
Altura: | 20 |
Largura: | 13 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 2 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Literatura Nacional |
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