Um giro entre as partes que compõem este belo livro, “lua nova”, “primavera”, “gaia”, “alquimia’’, e Thamires Andrade nos conduz à dança, convite sedutor à orquestração de suas palavras tão bem engendradas nesta obra. O sangue é razão do poema, assim como é a figura da tataravó, nua e impura. Até a abelha que aterrissou em seu quindim constitui a imagem da poesia, e, nesse movimento, os pedaços soltos do centro nunca dormem, seu coração nunca faz silêncio. A poeta, que põe beleza à mesa com seu passo firme, também constrói um parque de diversões cravado na areia da praia. Nesse baile, de ombros expostos, somos levados a reconhecer o belo nos seios diferentes. Neste livro cíclico, o prazer circula nas pernas suspensas e a fluidez da tarde pede mais um dia: eis a fruição estética que nos convoca e nos fascina. São poemas vermelhos, ácidos, paridos com a ressonância da voz de mulher que ovula e dispensa curvex, que escreve com sangue e libido, com suas asas nuas. Entre ficar em silêncio e rir sempre na hora errada, a cabra que sobe a montanha também dá a ré no precipício: mastigada pela cidade, faz os cálculos para o certo dar errado. É porque não nasceu no carnaval nem na primavera, não nasceu amena, não nasceu brisa, mas nasceu poeta. Luciana D’Ingiullo FICHA TÉCNICA Gênero Poesia Páginas 80 Formato 130 x 200 mm ISBN 978-65-86042-69-6
Peso: | 0.15 kg |
Número de páginas: | 80 |
Ano de edição: | 2023 |
ISBN 10: | 6586042690 |
ISBN 13: | 9786586042696 |
Altura: | 20 |
Largura: | 13 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Poesia e Poemas |
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