Após termos passado por uma pandemia, é necessário reconhecer na história do Brasil o que se repete no tratamento dos corpos doentes. Este livro é um convite para conhecer o diagrama da colonização e da escravidão, a Junta Central de Higiene Pública, a remoção e a destruição dos cortiços na cidade do Rio de Janeiro durante o Império. Pois assumem uma dimensão paradigmática para pensar a governamentalidade de extermínio forjada no país. Este livro é a expressão de uma pesquisa original e rigorosa de filosofia brasileira contemporânea. A categoria “filosofia brasileira” não significa aqui uma reflexão “autóctone”, preocupada apenas com sua própria identidade. Tampouco é condescendente com a prática reiterada nas faculdades de filosofia no Brasil, que é a de glosar os conceitos de autores europeus e divulgar suas doutrinas. Claudio Medeiros escreve um livro que usa metodologicamente pensadores como Foucault e Deleuze, sem precisar citá-los academicamente, para traçar uma genealogia da medicina política. Com apurada investigação em arquivos da cidade do Rio de Janeiro oitocentista em torno das “visibilidades e enunciabilidades” do “dispositivo médico-higienista” e em sintonia com uma criação de conceitos singulares sobre as linhas de fuga das resistências populares, a pesquisa de Medeiros é uma contribuição ao nosso tempo. As três linhas intensivas que compõem o livro – transformações urbanas na Corte Imperial; as práticas higienistas em suas relações com a experiência da epidemi
Peso: | 0.4 kg |
Número de páginas: | 320 |
Ano de edição: | 2021 |
ISBN 10: | 6586598125 |
ISBN 13: | 9786586598124 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Filosofia da Ciência |
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