Sinopse

Este é um livro-homenagem feito de laços que dão sentido ao nosso modo de estar na teoria a partir de um comprometimento com a escuta do social: lição maior e tão consequente de Indursky. Fios, laços, costura. Estamos falando de citações que nos fundamentam, as ipisis litteris ou as parafrásticas, mas não só. São palavras que nos influenciam no modo de pensar as práticas discursivas para além de uma questão intertextual. Nosso ouvido, nosso olhar, nossa sensibilidade para os problemas sociais são outros, não só porque lemos Freda. O processo nada tranquilo de se colocar diante da falta, das lacunas nunca tamponadas por completo nos insere na ordem da repetibilidade, discussão que aprendemos tão bem com a autora, mas é condição também de resistência às evidências dos sentidos. Os autores, então, nos mostram, em seus textos fundamentados na contribuição teórica de Indursky, que são tantas as leituras e análises que podemos fazer e, assim, estamos encorajados a ousar pensar por nós mesmos, lição fundamental de Pêcheux. Consideramos que este livro fala disso mesmo, da impressão de Indursky em nossos trabalhos: ao mesmo tempo em que nos sustenta teoricamente, nos impulsiona a refletir corajosamente sobre nossas questões. E isso nos transforma, nos permite autoria. É assim que sua presença está em nossos escritos: como citação, como inspiração e como coragem.

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