Hoje eu que vou acender as estrelas. Não adianta chorar, eu tomei banho de sidra e fumei o hálito da solidão. Por isso, quase rouca, deixo o bilhete. Anuncie no jornal: Pra hoje, espere um céu de estrelas bêbadas e um vento de cigarro. Você vai achar horrível, o céu não foi feito para se embebedar. As estrelas vão se tombar e, invejosas entre si: nenhuma delas vai conseguir desfilar sozinha pelo céu, fazendo o fenômeno de cadente. O vento vai rir delas, drogado, sem saber que deveria chorar. Mas isso é pra mais tarde, quando a manhã vier ele lembrará. A lua – a única imersa daquela festa, vai olhar pro sol apagado do outro lado e vai dizer: fizemos péssimos filhos! Na festa só toca um cd, e este é o seu favorito. Então você humanamente burro, mal imagina o caos do céu e olhando-o, comenta: Que lindo!
Peso: | 0.1 kg |
Número de páginas: | 90 |
Ano de edição: | 1900 |
ISBN 10: | 9897740104 |
ISBN 13: | 9789897740107 |
Altura: | 22 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Poesia e Poemas |
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