Laila prepara uma última refeição. Ana e Aslan abandonam a casa em ruínas. Rosa e Ana se aproximam, separadas por um muro. Kalu não pode mais ficar, Aslan não quer mais ir embora. Deniz fabula sobre as vidas que não conhece. Diferentes espaços e tempos testemunham os encontros dessas personagens e as conversas os impulsionam a seguir. Elas migram porque precisam, mas também porque desejam se sentir em casa. Suzana Velasco, jornalista e pesquisadora da representação de migrantes, lança mão de um olhar afetuoso para a vida de suas personagens. Apesar do horror da guerra e da desigualdade, essas pessoas, por meio de suas memórias e fantasias, propõem novas formas de viver. Integrando a Coleção Dramaturgia, da Editora Cobogó, Pra onde quer que eu vá será exílio é uma dentre as 14 dramaturgias criadas por autoras e autores da quinta turma (2019) do Núcleo de Dramaturgia Firjan SESI com orientação do diretor e dramaturgo Diogo Liberano. No começo pensava que a explosão era sempre aqui do lado. Depois a gente aprendeu as distâncias: bomba na vizinhança, bomba no centro da cidade, bomba longe, bomba muito longe. Não era só o volume do estrondo, a duração era diferente. As bombas distantes faziam um zumbido que parecia um instrumento desafinado; as de perto eram rápidas e ensurdeciam a gente. No começo eu só conseguia dormir com o som de bombas muito longe. Em poucos meses já tinha me acostumado com as da vizinhança. Mas só dormi bem mesmo no dia em que a casa da frente virou pó.
Peso: | 0.1 kg |
Número de páginas: | 88 |
Ano de edição: | 2021 |
ISBN 10: | 6556910511 |
ISBN 13: | 9786556910512 |
Altura: | 19 |
Largura: | 13 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Teatro |
Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência no site e, ao continuar navegando, você concorda com essas condições. Acesse o nosso Portal de Privacidade para visualizar nossas Política de Privacidade, Política de Cookies e Termo de Compromisso e Uso do Site.
Avaliações