Não são poucos os que esperam de um método a certeza ou, em outras palavras, o caminho seguro para descobertas consoladoras. As metodologias científicas tornaram-se receitas com efeito de erudição para pesquisas destinadas a confirmar “verdades caseiras”. Mas o grande desafio do conhecimento continua a ser o outro lado das aparências que tranqüilizam. É nessa linha que se inscreve a obra desestabilizadora de Edgar Morin. Shakespeare, por meio de Hamlet, formulou as questões essenciais: “E nós, pobres joguetes da natureza, precisamos contemplar nosso ser tão horrivelmente agitado com pensamentos além do alcance de nossas almas? Dize-me: para que tudo isto? A que fim obedece? Que deveríamos fazer?”. Morin sustenta a necessidade de instalar a poesia no coração da vida, inclusive da ciência. Assim pensar a vida da vida implica “poetizar” a prosa da existência. Sinteticamente falando, o próprio Morin constrói um raciocínio: “Ninguém pode basear-se, hoje, na sua pretensão ao conhecimento, numa evidência indubitável ou num saber definitivamente verificado. Ninguém pode construir seu conhecimento sobre uma rocha de certeza. A minha pesquisa de Método parte, não da terra firme, mas do solo que desmorona. O fundamento deste trabalho é perda do fundamento científico, a ausência de qualquer outro fundamento, mas não o nada. A situação dos conhecimentos científicos, de que se alimenta essencialmente a minha investigação, não constitui a sua “base”. É a transformação desses conhecimentos q
Peso: | 0.6 kg |
Número de páginas: | 527 |
Ano de edição: | 2011 |
ISBN 10: | 8520502849 |
ISBN 13: | 9788520502846 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 3 |
Edição: | 5 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Filosofia |
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