Este livro examina como se desenvolveu, ao longo de quase um século, a identidade latino-americana. Para tanto, utiliza como instrumento de averiguação a referência recorrente na região a Ariel, Caliban e Próspero, habitantes da ilha em que transcorre a peça de William Shakespeare, A Tempestade, mas significativamente não à Miranda, sua única personagem feminina. Retirados de uma obra inglesa do século XVII, tais personagens funcionaram como metáforas para se pensar a América Latina em alguns momentos decisivos: os ensaios Ariel (1900), do uruguaio José Enrique Rodó, “Calibán” (1971), do cubano Roberto Fernández Retamar, e O espelho de Próspero (1982), do norte-americano Richard Morse. A perspectiva em que o livro se situa é de enfrentar o problema da identidade latino-americana a partir do Brasil, país que ocupa na ideia do “continente” status tanto necessário quanto problemático, já que possui quase metade do território da América do Sul, mas cuja língua, o português, e cujo passado, principalmente como Império escravocrata no século XIX, o separam de seus vizinhos, repúblicas hispanofalantes. Mas talvez se possa, olhando do Brasil, perceber melhor até onde vai a ideia de América Latina, tanto nas suas possibilidades como nos seus limites. A história narrada neste livro é, portanto, uma história de viagens no tempo e no espaço. De como personagens criados no início do século XVII na Inglaterra chegam ao Brasil do final do século XX. Nesse caminho, há tanto continuidades com
Peso: | 0.53 kg |
Número de páginas: | 368 |
Ano de edição: | 2025 |
ISBN 10: | 6559662942 |
ISBN 13: | 9786559662944 |
Altura: | 23 |
Largura: | 16 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Teoria e Crítica Literária |
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