O fascismo histórico foi tão moderno quanto o capitalismo (já que é uma de suas expressões), como o futurismo italiano demonstra nitidamente. O mesmo ocorre com o novo fascismo, que é um ciberfascismo. Ele põe em xeque todas as utopias tecnociber (do ciberpunk ao ciberfeminismo, da ciberesfera à cibercultura) que, desde o pós guerra, com uma instensificação a partir dos anos 1970, viam nas máquinas cibernéticas uma dupla promessa, a de uma nova subjetividade pós-humana e a da liberação da dominação capitalista, cuja ruptura viria das máquinas e não da política, das revoluções da técnica e não da organização revolucionária. Bolsonaro e Trump utilizaram todas as tecnologias disponíveis da comunicação digital, mas suas vitórias não vêm da tecnologia. São o resultado de uma máquina política e de uma estratégia que agencia uma micropolítica dos afetos tristes (frustração, ódio, inveja, angústia medo) com a macropolítica de um novo fascismo que dá consistência política às subjetividades devastadas na financeirização.
Peso: | 0.2 kg |
Número de páginas: | 208 |
Ano de edição: | 2019 |
ISBN 10: | 8566943813 |
ISBN 13: | 9788566943818 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 3 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Política Social |
Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência no site e, ao continuar navegando, você concorda com essas condições. Acesse o nosso Portal de Privacidade para visualizar nossas Política de Privacidade, Política de Cookies e Termo de Compromisso e Uso do Site.
Avaliações