O feminismo, tanto no cinema quanto de maneira geral, tem como ponto de partida textos “protofeministas”, como O segundo sexo, de Simone de Beauvoir, no qual se encontra a célebre reflexão de que “não se nasce mulher”, mas sim se exercita constantemente o “ser mulher”, para “tornar-se mulher”. As primeiras manifestações da onda feminista mostraram que o machismo cinematográfico, da mesma forma que o machismo do mundo real, é multiforme no que se refere à representação da mulher na grande tela, especialmente percebido pelos estereótipos “negativos” – virgens, putas, vamps, interesseiras, joguetes eróticos – que demonizavam ou transformavam as mulheres em objetos sexuais, alocadas no bordel de celuloide. A beleza do corpo feminino era empregada para interromper o andamento da narrativa, com close-ups dos quais emanava um poder mágico e erótico. Assim, o sujeito masculino era o condutor ativo da narrativa; e o feminino, um objeto passivo, uma mera passageira no mundo cinematográfico. As teóricas feministas que se voltaram contra essa situação revisitaram a questão autoral, a partir de uma perspectiva feminista, na busca de uma linguagem cinematográfica capaz de expressar o “desejo feminino”, o que se materializou em produções de diretoras consagradas, como Agnès Varda, Naomi Kawase ou Chantal Akerman, entre outras que vão além da guerra dos sexos e das identidades de gênero.
Peso: | 0.14 kg |
Número de páginas: | 128 |
Ano de edição: | 2019 |
ISBN 10: | 8554862252 |
ISBN 13: | 9788554862251 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Psicanálise |
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