Sinopse

Este trabalho ilumina um ponto pouco explorado na obra de Michel Pêcheux: a relação entre diferentes momentos de sua teoria e o lugar que o poético ocupa nesta aventura intelectual. Como diz a autora, o poético irrompe na obra de Pêcheux, e essa irrupção se sustenta numa relação com o conceito de equívoco. Portanto, é numa relação entre o poético e o equívoco, ou seja, entre aquilo que cessa de não se escrever e aquilo que não cessa de se escrever, que o lugar da contingência e da necessidade assume uma constituição outra no percurso destacado pela autora. E o modo como isso é brilhantemente destacado neste trabalho nos coloca diante do fato que o poético fez com que a Análise de Discurso se tornasse outra coisa. Uma outra coisa que procura escapar daquilo que faz entrave nos estudos da linguagem, a saber, uma certa recusa em pensar as relações entre a ciência, o poético e a loucura. Permitindo-se arriscar-se a essas indagações, este livro aponta caminhos para uma compreensão do discurso em que cumpre pensar que, se o poético não é estranho à língua, também o equívoco não é estranho à história. Lauro Baldini - Unicamp

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