Como um autor que se dedica à análise da apreensão do surrealismo no Brasil entre as décadas de 1920 e 1940 finaliza seu estudo sugerindo que aquela vertente no país – enquanto conjunto de procedimentos e atitudes perante a vida e a arte – ainda teve algo a dizer, depois do período que estudou? Se analisarmos seu escrito, perceberemos que Thiago Gil nunca deixa dúvidas de que é um narrador onisciente, que sabe o que ocorreu com seu objeto de estudo, após o período em que buscou analisa-lo. É essa consciência, inclusive, o motivo para que ele, ao mesmo tempo em que narra e aprofunda as questões que levanta, esteja sempre atento, tanto à necessidade de criticar a inscrição do seu objeto na história da arte que se escreve no país, quanto em sublinhar sua sobrevida após o período que se dedica estudar. Sua fala é emitida do início da segunda década do século XXI, quando o movimento surrealista, e não apenas ele, já se encontra devidamente institucionalizado dentro do campo da história da arte e da indústria cultural. No entanto, se emite suas considerações, de fato, a uma confortável distância temporal do fenômeno que analisa, ele, ao mesmo tempo, atua também como se estivesse no Brasil no final da segunda grande guerra.
Peso: | 0.3 kg |
Número de páginas: | 356 |
Ano de edição: | 2014 |
ISBN 10: | 8579392780 |
ISBN 13: | 9788579392788 |
Altura: | 23 |
Largura: | 16 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Economia Brasileira |
Assuntos : | História |
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