Trazer uma luz a um passado particular da história é mais uma possibilidade para verbalizar a maneira pela qual o romance histórico se comporta na Argentina. No entanto, trazer uma Luz, ficcional – personificação da sobrevivência e atuação de uma província como Córdoba e, de alguma maneira, do interior do país – era o desafio de Cristina Bajo. Aludida como a nueva gran dama de la literatura argentina, Bajo estreia no cenário literário argentino em 1995, a partir do seu romance Como vivido cien veces. Tal obra valoriza o quanto a (re)consideração e o questionamento contínuo dos metarrelatos podem, criticamente, abrir espaço não para a destituição da história, mas para a fomentação de novas histórias. A escolha do primeiro verbo para a construção de Como vivido cien veces é, portanto, simbólica. Iluminaba... Um verbo conjugado para demonstrar a imperfeição do passado, uma palavra para exemplificar como o romance histórico argentino parece estar dedicado a aumentar o campo de visão e escutar as vozes não ouvidas, revelar os textos que, muitos, pensavam terem sido apagados. A razão para tensionar as certezas pretensiosamente concretas? “(…) Porque es preciso no olvidar, doña Luz. Los pueblos de mala memoria están destinados a la ignominia…” (BAJO, 1997, p. 277). Para quem decidir saber os próximos capítulos entre ficção e história, uma sensação sem igual, como aquela sentida por Luz: a de viver cem vezes.
Peso: | 0.58 kg |
Número de páginas: | 382 |
Ano de edição: | 2018 |
ISBN 10: | 8571139806 |
ISBN 13: | 9788571139800 |
Altura: | 23 |
Largura: | 16 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Teoria e Crítica Literária |
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