De que fala mesmo a literatura? Textos e mais textos continuam sendo escritos, publicados e lidos sob os codinomes de romances, poemas, novelas, biografias não autorizadas. Ora os especialistas os vêem como sintomas, ora como encenações, ora como reflexos de um real social, ora como metalinguagens, ora como jogos, ora como documentos. Nessa diversidade de textos e de tratamentos de textos ainda considerados literários se inserem os trabalhos de Lélia Parreira Duarte apresentados neste livro. De que tratam? Evidentemente, do nada. Afinal, é disso mesmo que vem tratando certa literatura. Mas, de que nada se trata? O nada, tornado substantivo, toma existência inquestionável. Mas isso não significa que passe ao território do dizível, do previsto, do afirmativo. Sua carga de negação de uma existência codificada permanece, e assim penetra num outro território, repleto de ambigüidades, cujos sentidos resvalam pelas leituras, multiplicando-se, invertendo-se, subvertendo a comunicação e qualquer sinceridade que corresponda a uma relação direta na cadeia dos significados preestabelecidos. Esse território é o de certa literatura, essa que a argúcia de Lélia Duarte insiste em percorrer.
Peso: | 0.45 kg |
Número de páginas: | 360 |
Ano de edição: | 2006 |
ISBN 10: | 8598325392 |
ISBN 13: | 9788598325392 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Crítica literária |
Assuntos : | Teoria e Crítica Literária |
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