Teorizar sobre a literatura é, para nós, já tomar posição. É, pois, uma questão política, ideológica. Para além de uma atividade inerentemente subjetiva, criadora. Uma leitura do textodiscurso Iracema que levasse em conta a noção de arquivo, como foi proposta por Pêcheux 1994, tornou-se necessária para este trabalho, e seu diferencial teórico. Em Iracema, a literatura é naturalizada como obra de ficção que apaga o brasileiro e os indígenas com suas línguas oralizadas. Essa naturalização do literário ligado ao ficcional resulta da formação discursiva romântica dominante que define o que não pode ser dito. Desse modo, torna-se evidente o sentido de uma literatura em si mesma, imanente, que não se teoriza. Seu objeto constitui-se em um referente instável, subjetivo, não teorizável, regido pela liberdade de criação. Separando-se do objeto científico de talhe estável. O que essa separação, suspeita em si mesma por sua evidência, recobre? Refletir sobre a língua, na segunda metade do século XIX, no Brasil, articuladamente à literatura, nos levou à elaboração de pressupostos teóricos acerca da divisão social do trabalho de leitura na direção do que Pêcheux 1994 nos fala acerca de ler o arquivo hoje a leitura de arquivos. Essa forma
Peso: | 0.68 kg |
Número de páginas: | 419 |
Ano de edição: | 2024 |
ISBN 10: | 8521703228 |
ISBN 13: | 9788521703228 |
Altura: | 23 |
Largura: | 15 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 1 |
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