Vi esta escritora nascer. Do pó. Das cinzas. Com que garra. Com que unha e língua.Marina Filizola chega. A este primeiro e contundente livro. Vem. E solta o verbo. Averve raivosa. Doa a quem custar. Custe a quem doer. Não escreve mansa. A gata.Não lambe a cria. Ninguém escapa de sua prosa. Nem ela mesma. A própria. Acabavirando objeto de seu olhar. Aguçado. Impiedoso. Bem-humorado. É uma escrita queenxerga longe. Avante. Por dentro. Há muito tempo eu não via uma contista destejeito. Dando vexame. Viciada em monólogos ritmados. Frenéticos. Quer seja parafalar da noite pauleira-paulistana. Ou para narrar o inferno que é a maternidade. AveNão tem quem segure essa mãe. Antes de mais nada, mulher. Coirmã, me parece,de autoras como Ivana Arruda Leite. Bebendo e como bebe na mesma fonteda Rê Bordosa, personagem clássico de Angeli. Filizola é, sim. Uma figura animada.Quase uma caricatura. Um borrão no espelho. Digo aqui, é claro. De seu texto. Único. Livro este para se ler numa sentada. Essaverdadeira crônica da vida privada. E tão coletiva. Não é todo dia, repito. Em que aparece uma força assim. Na literatura brasileira.
Peso: | 0.4 kg |
Número de páginas: | 224 |
Ano de edição: | 2016 |
ISBN 10: | 8542206843 |
ISBN 13: | 9788542206845 |
Altura: | 23 |
Largura: | 16 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Contos e Crônicas |
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