Por que o Japão? Porque é o país da escrita - de todos os países que o autor pôde conhecer, o Japão é aquele onde encontrou o trabalho do signo mais próximo de suas convicções e de suas fantasias, ou, se preferirem, o mais distante dos desgostos, irritações e recusas que nele suscita a semiocracia ocidental. O signo japonês é forte - admiravelmente regrado, arranjado, exibido, jamais naturalizado ou racionalizado. O signo japonês é vazio - seu significado foge, não há deus, verdade, moral, no fundo desses significantes que reinam sem contrapartida. E sobretudo a qualidade superior desse signo, a nobreza de sua afirmação e a graça erótica com que ele se desenha são postas em toda parte, sobre os objetos e as condutas mais fúteis, aquelas que remetemos habitualmente à insignificância ou à vulgaridade. O lugar do signo não será portanto buscado, aqui, no lado de seus domínios institucionais - não trataremos nem de arte, nem de folclore, nem mesmo de ´civilização´ (não oporemos o Japão feudal ao Japão tecnológico). Trataremos da cidade, da loja, do teatro, da polidez, dos jardins, da violência; de alguns gestos, de certos alimentos, de certos poemas; falaremos dos rostos, dos olhos e dos pincéis com os quais tudo isso se escreve mas não se pinta.
Peso: | 0.28 kg |
Número de páginas: | 168 |
Ano de edição: | 2007 |
ISBN 10: | 8560156410 |
ISBN 13: | 9788560156412 |
Altura: | 1 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 1 |
Idioma : | Português |
Assuntos : | Humanidades & Sociologia |
Assuntos : | Linguística |
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